24 de outubro de 2024

“A Cidade que Queremos” estará na Casa Híbrida até 3 de novembro 

O curador Olavo Barros
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 Segundo o curador Olavo Barros, a boa recepção da mostra:” A Cidade que Queremos “, pelo público, bares e também pelos movimentos sociais envolvidos na organização do Festival, levou a um desdobramento  que encontra-se em cartaz na Casa Híbrida, um dos pontos culturais integrante do Coletivo Bares pela Democracia até o dia 3 de novembro.
 “A Cidade que Queremos”  é a primeira exposição de artes visuais promovida pelo Coletivo Bares pela Democracia no contexto do festival multicultural de mesmo nome. Em 27 de julho de 2023, a mostra ocupou o galpão cultural Elza Soares, no icônico bairro dos Campos Elíseos em São Paulo, e reuniu um conjunto de 53 obras produzidas por 24 artistas visuais que nasceram, vivem, trabalham e transitam por cidades espalhadas pelo Brasil. A ideia do Coletivo reforça o compromisso com a ideia de agitação cultural permanente em torno de discussões fundamentais para a cidade neste que é um ano eleitoral.
 “A Cidade que Queremos” surge, portanto, como uma necessidade inadiável: a de se pensar a cidade a partir de múltiplas perspectivas. Parafraseando o escritor Ítalo Calvino em seu livro ‘As Cidades Invisíveis’ (1972), entende-se que cada cidade recebe a forma do deserto a que se opõe. Assim, a mostra propõe-se como parte de um processo de fertilização deste solo para a construção de uma cidade viva e vibrante e, sobretudo, assertiva na defesa intransigente dos ideais de justiça social, no respeito à diversidade inerente à subjetividade humana, e na consolidação plena da Democracia.
 A seleção dos artistas participantes foi feita a partir de pesquisa realizada pela curadoria e convite direto aos próprios artistas e às galerias que os representam. A ideia era juntar artistas iniciantes e experientes e que se dediquem à reflexão de espaço, território, identidade e outras questões que atravessam o passado, o presente e o futuro das cidades.
 Olavo expõe que a curadoria foi pensada de modo a organizar as diferentes materialidades, gêneros e estilos que compõem a exposição. Do figurativo ao abstrato, passando pela fotografia e pela instalação, a Coletiva reúne obras de artistas representados por algumas das mais importantes galerias de arte do país.
 Para Barros, a Mostra tem, desde a ocupação em julho, cumprido um importante papel que é o de inserir as artes visuais em espaços que não são tradicionalmente próprios para a sua apreciação, como um galpão e um bar. Ao observar a reação das pessoas, é muito interessante notar como as obras despertam a curiosidade e interesse e faz com que elas se engajem em conversas e reflexões que vão além das imagens e da experiência proposta. Faz pensar também na urgência de se imaginar criativamente os espaços das cidades e propor novas formas de ocupação das artes visuais nesses lugares que vão além das galerias e dos museus de arte.
“Passado o período eleitoral, a ideia é que o Coletivo volte a se reunir para entender como é possível financiar e manter vivas novas iniciativas de agitação cultural permanente como essas que vêm sendo realizadas neste ano”, revela Olavo.
Saiba mais sobre Olavo Barros
É curador independente, jornalista especializado em artes e colaborador do site Newcity Brazil (Chicago, EUA). Nos últimos cinco anos, integrou as equipes de comunicação do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e da ArPa Feira de Arte. Em 2024, realiza as mostras Pati&Pina: eu vim da falta e é para lá que eu vou e A Cidade que Queremos. Como pesquisador, dedica-se à relação entre modernidade e contemporaneidade na literatura, no cinema e nas artes visuais latinoamericanos.
Endereço da Casa Híbrida: Av. Dr. Arnaldo, 1620 – Sumaré, São Paulo – SP, 01255-000.
Instagram: @casahibrida
Instagram Olavo Barros:  @olavocostela
O curador Olavo Barros