11 de setembro de 2023

COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA: WORKSHOP FACILITA APRENDIZAGEM PARA REVISITAR VALORES NO EIXO PESSOAL, RELACIONAL E SISTÊMICO.

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COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA: WORKSHOP FACILITA APRENDIZAGEM PARA REVISITAR VALORES NO EIXO PESSOAL, RELACIONAL E SISTÊMICO.

O curso é baseado no livro do PHD em Psicologia clínica, Mediador, Educador e Palestrante Marshall Rosenberg, obra que reúne ferramentas para melhorar a conexão aos outros e a nós mesmos, permitindo a compaixão natural no modo de expressão e escuta.

Hoje, com a internet, a troca de mensagens gera muitos desentendimentos. As pessoas estão divididas na política e não aceitam outras opiniões. Vivemos num mundo onde a comunicação está cada vez mais difícil. Daí a necessidade de melhorar os relacionamentos no trabalho e na vida pessoal com colegas, parceiros, sócios, amigos e familiares.

A Comunicação Não-Violenta (abreviada na siglaCNV) é um processo baseado no tripé pessoal, relacional e sistêmico criado para fortalecer nossa capacidade de manter a humanidade, utilizando ferramentas úteis para superar os desafios que aparecem nas nossas relações causados pela maneira como agimos e nos comunicamos.

Criada pelo psicólogo norte-americano Marshall B. Rosenberg, a CNV é mais que uma forma de linguagem ou um jeito correto de falar. Trata-se de um processo que nos leva a enxergar a relação conosco, com os demais e o sistema cultural de valores de maneira mais consciente e empática, com mudanças nas práticas simples, mas transformadoras. Seu objetivo é gerar mais compreensão, paz e colaboração.

WORKSHOP CNV

A Galatica Digital está formando turmas para o workshop: Comunicação Não-Violenta, que será ministrado pela Facilitadora Márcia Nascente. O evento on-line será realizado no mês de outubro, com quatro aulas on-line que serão

ministradas do dia 04/10/2023 até o dia 25/10/2023, das 19h às 21h. As inscrições podem ser feitas pelo Whatsapp da Galática Educação & Cultura: (11) 97583-2305 e também pelo site: www.galatica.com.br

Este curso online se baseia nos estudos de Cultura de Paz e principalmente no livro do autor americano Marshall B. Rosenberg, falecido em 2015, que cunhou o processo de Comunicação Não-Violenta. E também nos ensinamentos de autores e autoras que trabalharam para a educação, cultura de paz, gestão de conflitos e diálogo como Gandhi, Paulo Freire, Lederach e Martin Buber, entre outros.

As 4 aulas atravessam o autoconhecimento e a inteligência emocional para ampliar a consciência e desaprender o que estava impregnado no passado. No decorrer do curso, será exercitada a regeneração de comportamentos para se dedicar a um foco compreensivo a cada experiência, valorizando o que é preciso para enriquecer o potencial de enxergar quais mudanças podemos fazer na atitude, na linguagem e no ferramental que dispomos para fortalecer valores humanizados.

O objetivo é expandir novas possibilidades de harmonizar relações, mediar conflitos durante conversas difíceis e de seguir um método como alternativa ao sistema de valores ligados a padrões de violência que limitam os espaços de convivência.

PROPOSTA

A proposta do Workshop Comunicação Não-Violenta é de levar o participante a partilhar como se sente e age em relação aos tipos de comunicação e de atitudes do cotidiano. E também como a CNV pode cooperar na cocriação de modos de ressignificar o valor do autoconhecimento para uma escuta verdadeira e da expressão com assertividade para enriquecer a sua vida.

A intenção é que, durante 4 aulas de 2 horas online e ao vivo, os participantes possam fazer acontecer este trabalho entre teoria e exercícios para a conexão de si, do ambiente e espelhar-se

no outro de forma a compreender as necessidades não-atendidas e os sentimentos que reverberam em situações reais.

COMO SURGIU

A Comunicação Não-Violenta foi sistematizada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, que escolheu esse nome inspirado nos trabalhos de resistência não-violenta de Gandhi e Martin Luther King. Sendo judeu e morando num país (Estados Unidos) onde havia segregação racial, na sua infância presenciou episódios de violência em Chicago motivados por preconceitos de cor e culturais.

Porém, percebeu existirem pessoas que contribuem para melhorar a vida de outras pessoas, agindo de maneira compassiva mesmo nas piores circunstâncias. Investigando, percebeu que a linguagem, o posicionamento e o uso das palavras têm um papel crucial na nossa capacidade de nos mantermos compassivos ou de agirmos de forma violenta.

Após formado em psicologia e de ter desenvolvido sua pesquisa sobre Comunicação Não violenta, Marshall Rosenberg publicou alguns livros sobre o tema. Num deles, intitulado “Comunicação Não-Violenta — Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, diz: “Embora possamos não considerar ‘violenta’ a maneira que falamos, nossas palavras não raro induzem à mágoa e à dor, seja para os outros, seja para nós mesmos.”

Ele estudou o papel da linguagem na forma como nos relacionamos, identificando padrões que nos afastam uns dos outros e da compaixão, padrões esses que ele chamou de linguagem alienante da vida. Esses padrões estão em hábitos como julgar, rotular, criticar, comparar e diagnosticar.

OS 4 COMPONENTES

Essa investigação o levou também a identificar os 4 componentes da Comunicação Não-Violenta, que são quatro áreas que, quando focamos nossa atenção nelas e nos comunicamos a partir delas, nos reconectamos com a nossa

capacidade compassiva e com a alegria de contribuir com a vida uns dos outros. Os 4 componentes da CNV são: Observação, Sentimentos, Necessidades e Pedidos.

Durante a comunicação não-violenta, os 4 componentes nos ajudam a sair do modo automático com que reagimos e da linguagem alienante da vida, ao mesmo tempo em que focamos a nossa atenção para a energia de vida que está sendo expressa naquela situação, através de sentimentos e necessidades.

Também ajuda a nos conectarmos com nós mesmos, com o que nos importa e a contar para as outras pessoas sobre a nossa experiência, aumentando as chances de sermos compreendidos e de termos nossas necessidades atendidas, em harmonia com as necessidades dos outros.

Os 4 componentes estão presentes na forma como escutamos as outras pessoas. O convite é escutar, para além das palavras que dizem, as observações, sentimentos, necessidades e pedidos que estão sendo expressos ali. Na CNV, essa qualidade de escuta é chamada de empatia, ou de curiosidade empática.

Observação — é necessário observar o que realmente está acontecendo em determinada situação. Devemos questionar se a mensagem que está sendo recebida, seja por meio de fala ou de ações, tem algo a acrescentar de forma positiva. Também é fazer essa observação sem criar um juízo de valor, apenas compreender o que se gosta e o que não se gosta no que está acontecendo e no que o outro faz.

Sentimento — é necessário entender qual sentimento a situação desperta depois da observação. É importante nomear o que se sente, por exemplo, mágoa, medo, felicidade, raiva, entre outros.

Necessidades — é preciso reconhecer quais necessidades estão ligadas ao sentimento. Quando alguém expressa suas necessidades, há uma possibilidade maior de que elas sejam atendidas e que a consciência desses três componentes vem de uma análise pessoal clara e honesta.

Pedido — é preciso deixar claro o que se quer da outra pessoa. Para isso deve-se usar uma linguagem positiva, em forma de afirmação, para fazer o pedido. Deve-se evitar frases abstratas, vagas ou ambíguas.

ÁREAS DE APLICAÇÃO

Há também três principais áreas de aplicação da CNV: a Autoconexão, a Empatia e a Expressão honesta.

AUTOCONEXÃO — é quando entendemos o que se passa com nós mesmos diante de um estímulo. É se fazer perguntas como: O que eu estou sentindo? O que é mais importante para mim nesse momento? Eu tenho algum pedido?

EMPATIA — está relacionada à forma como escutamos as mensagens que recebemos, e é uma aplicação essencial da Comunicação Não-Violenta. A ideia na escuta para a CNV é praticar a curiosidade empática, focando nossa atenção no que será que a pessoa pode estar sentindo e precisando naquele momento.

EXPRESSÃO HONESTA — expressar para a outra pessoa o que se passa conosco, é parte fundamental da Comunicação Não-Violenta. E isso deve ser feito de maneira a diminuir as chances de gerar uma reação de defesa na outra pessoa. A ideia é contar para a outra pessoa o que estou sentindo, o que é importante para mim e qual o meu pedido ali.

MUDANÇA DE ATITUDES

O workshop CNV- Comunicação Não-Violenta, será ministrado pela facilitadora Márcia Nascente, que estuda, aplica e pratica a Comunicação Não-Violenta desde 2015. Ela explica que no nosso convívio com outras pessoas, quer seja no trabalho, em casa, na vida social e na cidadania, muitas vezes notamos desigualdade e o uso de linguagem alienante sem perceber, levando a pré-julgamentos, rótulos, críticas e comparações, até mesmo reforçados pelo sistema.

É bastante comum, no trabalho, em casa e na política também, compararmos ações e o desempenho de duas pessoas, sendo que cada pessoa é única na sua individualidade. Outra característica da linguagem alienante é elogiar do nada, para agradar e chamar a atenção.

“Às vezes alguém está com um problema e quer somente ser ouvida e desabafar, mas a outra pessoa logo entra com comparações, julgamentos e aconselhamentos, em vez de simplesmente escutar”, exemplifica Márcia Nascente.

A especialista em Cultura de Paz e Comunicação Não- Violenta explica que o conflito é saudável porque a partir dele é que surgem ideias e inovações. Ele só é negativo quando se encaminha para uma frustração, um confronto ou gera violência que se encaminha para o trauma, violando o espaço de respeito e desvalorizando o outro.

Também faz parte da “comunicação alienante” avaliar e julgar a outra pessoa segundo nosso ponto de vista, e ela vê essa atitude como uma crítica. “Isso acontece porque aprendemos a analisar e avaliar, sendo que isso é feito segundo o nosso ponto de vista, por mais que a gente diga que é apenas nossa opinião e não queremos julgar”, diz Márcia Nascente.

Por isso, precisamos explicar com clareza nossas necessidades, para sinalizar ao outro o que estamos pretendendo e pedir a ele o que estamos precisando.

DEPOIMENTOS

Danielle Vanzella faz parte do Instituto Sorrir Para a Vida, uma ONG que atua na área da odontologia, oferecendo tratamento a pessoas com câncer e deficiências. A organização foi fundada em 2007 pela cirurgiã-dentista Marisa Helena de Carvalho e pela médica oncologista Vanessa de Carvalho Fabrício.

A facilitadora Márcia Nascente realizou um workshop sobre CNV no Instituto Sorrir para a Vida. Danielle conta que após o evento recebeu retornos positivos por parte dos participantes, sendo que

muitos relataram como foi importante aprender olhar para seus colegas e superiores de outra maneira, fora do contexto hierárquico.

“Colocar os ensinamentos em prática requer uma grande dose de disposição, pois temos de vencer entraves e condicionamentos. Usamos muitas máscaras no dia a dia e a maior dificuldade é tirá-las no ambiente de trabalho. Nos mostrarmos vulneráveis é uma dificuldade para todos“, esclarece.

Danielle comenta que após o workshop passou a se aprofundar mais no assunto e atualmente faz um curso de pós-graduação, o qual tem um módulo somente para o estudo da CNV.

“Na minha posição como líder, acho fundamental usar estas técnicas, porque auxiliam muito nos momentos de conflitos e de resoluções. O curso me trouxe mais clareza, uma maneira diferente de ver a situação, compreender melhor o outro e ser de fato empático. E também saber cobrar o time de maneira assertiva e diminuir os ruídos de comunicação, que são responsáveis pela maioria dos conflitos”, afirma.

Danielle considera fundamental que as pessoas aprendam técnicas de resolução de conflitos para utilizá-las na vida pessoal e profissional. “Não só acho importante como considero fundamental. Estamos sempre diante de desafios e quanto mais buscarmos técnicas e aprendizados que nos auxiliem a lidar com isso, menos doloroso será o processo. Podemos passar por uma situação difícil ou estarmos diante de um conflito complexo, porém a nossa saúde emocional está diretamente ligada à maneira que escolhemos como vamos reagir. A CNV nos leva para outra perspectiva. É possível resolver situações sem estresse, sem gritos e sem abalos emocionais”, assegura.

Pelos benefícios que trouxe à sua vida pessoal e profissional, Danielle indica o curso de CNV para todos. “Nos dias atuais, não basta ter um extenso currículo. É necessário desenvolver habilidades e competências para lidar com pessoas e extrair o melhor delas de maneira assertiva e harmônica”, assegura.

Cristiane Silveira é executiva da Ben Visa Vale, empresa do setor de benefícios corporativos, onde exerce o cargo de Head de Relacionamento com clientes, Marketing e Operações. A comunicação no seu dia a dia é de fundamental importância junto às equipes, pares e fornecedores.

“Em uma atividade multidisciplinar, com equipes distintas para direcionamento do negócio, quanto mais clara for a comunicação, tanto na escuta como na expressão, muito mais assertivas serão as ações e entregas de cada pessoa do time. Isso contribui para termos um bom clima organizacional, que se refletirá positivamente no alcance de nossas metas e objetivos,” explica.

Ela conta que ficou sabendo da Comunicação Não-Violenta em conversa com amigos no trabalho e nas redes sociais, especialmente o LinkedIn. E pelo fato de conhecer o trabalho de Márcia Nascente e todo o conhecimento da facilitadora em diversas áreas, bem como a forma didática como abordava os temas, resolveu se inscrever para o curso. “Por isso me interessei muito pela CNV como forma de melhorar minhas interações profissionais e também minhas relações pessoais”, esclarece.

Depois de fazer o curso de CNV com Márcia Nascente, Cristiane ressalta que conseguiu assimilar totalmente as propostas, inclusive entendendo as diferenças entre empatia e compaixão e como influenciam nossas ações.

O curso está sendo muito útil pois posso utilizar os ensinamentos no meu dia a dia. Ele me trouxe vários insights

e reflexões sobre o poder da inteligência emocional e a sua importância nas relações pessoais e profissionais. Ao colocar em prática tudo o que aprendi, passei a prestar muito mais atenção a situações que antes responderia de forma imediata, sem observar bem os sentimentos e as necessidades que havia em mim e no outro. Assim, entendi que este método me incentiva a ficar muito mais atenta ao contexto, sem ficar no piloto automático”.

Saiba mais sobre Márcia Nascente:

Márcia Nascente é Pós-Graduada em Administração de Marketing, Graduada em Comunicação, Especialização em Cultura de Paz, Extensão em Branding e Extensão em Facilitação de Aprendizagem.

FICHA TÉCNICA

Workshop: CNV — COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA

Realização: Galática Digital

Ministrado pela facilitadora Márcia Nascente.

Curso on-line em quatro aulas com duas horas de duração.

Período: do dia 04 até o dia 25 de outubro, das 19h às 21 horas.

Preço: R$ 435,00 em 3×145,00.

As inscrições podem ser feitas pelo Whatsapp da Galática Educação & Cultura: (11) 97583-2305 e também pelo site: www.galatica.com.br