11 de dezembro de 2019

SEJA PROSPERO EM 2020! DESPERTE SEU POTENCIAL.

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Alto índice de desemprego e recessão da economia. O país atravessa um momento delicado e muitas pessoas estão temerosas quanto ao seu futuro, especialmente se vierem a perder o emprego e faltar trabalho. Outros indivíduos preferem não se preocupar, pois sabem que as coisas acabam se ajeitando e o dinheiro virá, de uma maneira ou de outra.

Este é, justamente, o ponto-chave da questão: porque alguns conseguem tudo de maneira fácil, até sem fazer esforço, e outros, por mais que lutem e se esforcem, acabam conseguindo quase nada e estão sempre em dificuldades? Será que se trata de carma, destino ou algo assim?

Para os especialistas em prosperidade, não é nada disso. Eles vêem o universo como um imenso manancial de bem-aventurança. O segredo é simplesmente saber se conectar com esse reservatório de abundância para que coisas positivas passem a fluir na vida de cada um.

Pessoas naturalmente prósperas são aquelas que intuitivamente estão sempre ligadas a esse manancial e sabem extrair dele tudo o que há de bom. Já as que vivem sem trabalho, dinheiro, saúde, amor e felicidade não estão sabendo como entrar em contato com essa fonte de energia positiva e de coisas boas.

Sintonia com a fonte

Na verdade, fazer essa conexão não é tão simples como parece, pois trata-se de uma questão de sintonia e há bloqueios no nosso inconsciente que acabam impedindo que isso se realize, por mais que o desejemos. O psicólogo Cyro Leão e a psicopedagoga Léa Lima são ligados ao xamanismo, uma filosofia de vida que visa  o reencontro do homem com o seu próprio mundo interior.

Trata-se de um conjunto de ensinamentos milenares de povos primitivos, provenientes da observação da natureza, que foram sendo passados de geração a geração até os dias de hoje. Ambos concordam que o dinheiro também é uma energia, entendendo-se energia como o próprio pensamento. A prosperidade, segundo eles, é uma lei da natureza e como tal funciona pelo processo de movimentação energética, sendo patrimônio de todos.

Léa Lima afirma que, historicamente, criou-se um viés no conceito de prosperidade por interesses puramente econômicos, para fortalecer o poder e a posse de grupos minoritários. Isso fez com que, durante vários séculos, ficássemos impregnados de crenças, mandatos e freios que nos impedem de ir realmente em busca do que nos pertence. Ainda hoje, grupos sociais e religiosos, e até mesmo as próprias famílias, “decretam” que determinadas pessoas jamais serão vencedoras. 

Modificando crenças

No entanto, é possível reverter essa situação. Cyro Leão diz que, para isso, é preciso estar fortemente motivado, em primeiro lugar. Cita como exemplo os imigrantes que vão morar em outros países, determinados a conseguir um melhor padrão de vida e acabam alcançado essa meta.

Outro ponto importante é o prazer: a pessoa fazer aquilo que realmente goste. Ele faz questão de observar que prosperidade não é apenas dinheiro ou a posse de bens materiais. A seu ver, esse conceito é bem mais amplo e significa desfrutar da vida, com felicidade, tudo o que ela nos oferece.

Assim, uma pessoa não tão rica pode ser mais próspera que outra milionária, se viver com mais alegria e prazer.

Princípios da prosperidade

É igualmente importante desenvolver novas habilidades, especialmente em momento cruciais, como o desemprego. Às vezes, a vida tem maneiras próprias de nos redirecionar à nossa proposta de existência, para aquilo que viemos cumprir neste mundo. Por isso, há pessoas que, desempregadas, acabam fazendo um mergulho profundo interior e partem para outras direções, achando novos caminhos.

         Ao partir do princípio de que pensamento é energia, Léa Lima, por sua vez, criou alguns princípios que podem ajudar na busca da prosperidade.

O princípio da imaginação procura criar uma forma-pensamento. Por exemplo: se alguém quer comprar uma casa, deve imaginar como será esse imóvel e imaginar-se dentro dele, com todos os detalhes, para que isso venha a se “materializar”.

Outro princípio é o do controle: devemos ter atitude de controle sobre nossos bens, não delegando a outros tarefas ou decisões que poderão nos fazer perder esse domínio.

O passo seguinte é propagar essa intenção de mudança e determinação em prosperar, começando essa difusão pelo nosso próprio interior (auto-confiança). Disseminar confiança, porém, não é contar nossos planos para todo mundo e, sim, mostrar aos outros que estamos determinados em melhorar e conseguir nossos objetivos.

Também importante é mudar paradigmas e padrões. Ou seja, procurar  modificar aqueles conceitos que nos impedem de ser prósperos. Para isso,  precisamos policiar pensamentos e atitudes, parando com resmungos e sendo positivos, evitando a companhia de pessoas negativas e afastando-nos de quem costuma nos “usar”. Também é importante aprender a dizer “não”.

O psicólogo e xamã Cyro Leão observa que nem sempre conseguimos mudar nossos padrões, pois na maioria das vezes eles estão no nosso inconsciente ou até mesmo fazem parte de vidas anteriores. Por isso, ele pratica uma cerimônia xamânica, onde o indivíduo é induzido a um transe leve, sem perder a consciência.

Nesse momento, pode identificar aquilo que o está impedindo de levar uma vida plena e feliz. O simples fato de se trazer à tona esse bloqueio (ou seja, a conscientização do problema), por si só, já é um elemento de “cura”. Além disso, a pessoa pode trabalhar esse aspecto impeditivo, do qual tomou conhecimento, modificando atitudes. Esse trabalho também pode ser feito em grupo, visando os mesmos resultados.

DICAS DE PROSPERIDADE                         

Leão recomenda, de forma bastante prática, que façamos um mapa do dinheiro, anotando diariamente tudo o que ganhamos e gastamos (entradas e saídas), para termos um controle exato sobre nossas finanças, sabermos onde cortar gastos desnecessários e de que maneira economizar.

Mudar atitudes perante o dinheiro significa deixar de ter preconceitos e vergonha, por exemplo, de juntar centavos e de pechinchar.

Centavos economizados podem ir para os envelopes dos sonhos, uma versão modernizada do antigo cofrinho.

Em cada envelope, a pessoa irá escrever o que pretende comprar ou fazer com aquele dinheiro: um livro de autoajuda, um curso, um tratamento de saúde ou beleza, etc.

Ao partir da idéia de que pensamento é energia, Léa Lima criou alguns princípios que podem ajudar na busca da prosperidade.

O princípio da imaginação procura criar uma formapensamento.

Por exemplo: se alguém quer comprar uma casa, deve imaginar como será esse imóvel e ver-se dentro dele, com todos os detalhes, para que isso venha a se materializar.

É preciso planejar as compras, evitando ao máximo a chamada compra por impulso.

Igualmente importante é fazer parcerias, reabilitando o velho conceito da troca. Se tenho algo que pode ser trocado por outra coisa (bem ou serviço), isso será útil para ambas as partes, especialmente para quem está com pouco dinheiro.

Alguém desempregado, por exemplo, pode propor pagar um curso com um serviço ou algo parecido.

Ser generoso e ajudar sem esperar favores, apenas pelo prazer de estar sendo útil, é uma outra forma de fazer a energia da prosperidade circular.

Energias estagnadas devem ser postas em ação: uma boa maneira de fazer isso é doar roupas e coisas que não usamos, mas que poderão ser úteis para outras pessoas. Vai o velho e vem o novo.

Esse fluir constante é que nos põe em contato com o reservatório de prosperidade que o universo coloca a nosso dispor.

É importante também estar preparado para correr algum risco, pois é preciso saber lidar com essa característica dos investimentos.

Léa Lima, por sua vez, acredita que o nosso exterior é um reflexo do nosso interior. Assim, pessoas pessimistas e desanimadas acabam atraindo e se conectando com energias semelhantes. “Costumo dizer que há partículas de ouro no ar. Trata-se apenas de saber como colhê-las”, afirma.

Por isso, quem não se sente capaz de vencer esses bloqueios que conduzem à prosperidade deve procurar ajuda de alguma maneira, seja por meio de uma terapia ou de outros métodos que levem a um mergulho interior e à modificação de atitudes.

PROSPERIDADE VERSUS ESPIRITUALIDADE

Toda essa discussão sobre crenças negativas a respeito do dinheiro e quebra de paradigmas acaba nos remetendo diretamente a um assunto delicado: prosperidade x espiritualidade.

Pessoas realmente empenhadas no seu desenvolvimento espiritual devem se preocupar com coisas mundanas como bens materiais? Nos Estados dos Unidos, na época natalina, um dos filmes mais vistos na televisão é A Felicidade Não se Compra, dirigido por Frank Capra, que conta a história de um homem que quer se matar na noite de Natal, por estar arruinado financeiramente. Mas um anjo o acaba salvando, fazendo com que receba o auxílio de amigos.

A cena final mostra uma mesa cheia de notas e moedas, com todos muitos felizes ao seu redor.

Como vivemos em um país católico, para a maioria de nós pode parecer estranho um filme natalino ter o dinheiro como tema principal. A mentalidade do povo norte-americano, porém, é outra, pois o protestantismo determina que todos lutem para conquistar fartura e bemaventurança neste mundo, e não esperar para desfrutá-las somente no Paraíso.

Em seu livro O Dinheiro e o Significado da Vida (Ed. Cultrix), o professor de filosofia Jacob Needleman, questiona o excesso de materialismo a que chegou os EUA.

A seu ver, o homem pode se tornar escravo do processo que leva ao enriquecimento, deixando de desfrutar tudo aquilo que o dinheiro pode lhe proporcionar. Ele chama esse processo de escravidão de a nova pobreza, observando que o autoconhecimento e a elevação espiritual devem correr paralelamente ao desenvolvimento material.

Em sua obra, Needleman explica que, segundo o sociólogo Max Weber, o protestantismo foi a principal causa do capitalismo. Como é um país essencialmente protestante, os Estados Unidos acabaram se tornando uma grande potência em termos materiais. “Porém, estudando a história de outras culturas, comecei a perceber que nem toda civilização busca o que buscamos”, escreve o professor. Isso acontece especialmente com as nações do Oriente, onde o budismo é a crença predominante.

No entanto, partir para a espiritualização exagerada, com total desapego aos bens materiais, seria outro excesso. Como tudo na vida, o bom senso está no equilíbrio.

O autoconhecimento e busca espiritual, sem dúvida, são fatores essenciais para que desfrutemos de tudo aquilo que o dinheiro pode nos proporcionar de bom, sem medo, culpas ou desconfianças. Só assim nos tornaremos prósperos com total plenitude.

LEIS DO SUCESSO

O médico indiano Deepak Chopra, que desde 1970 mora nos Estados Unidos, onde foi discípulo do guru Maharishi Mahesh Yogi, tornou-se mundialmente conhecido pelos seus livros de auto-ajuda. Grande parte do seu sucesso deve-se ao fato de unir a cultura oriental com a ocidental, fazendo uma adaptação dos ensinamentos espirituais do seu povo ao modo de vida do Ocidente.

Entre seus livros destaca-se As Sete Leis Espirituais do Sucesso (Editora Best Seller), que pode ser definido como um guia prático para se alcançar a prosperidade.

Na introdução, ele diz que a obra poderia se chamar também As Sete Leis Espirituais da Vida, porque são os mesmos princípios seguidos pela natureza para criar tudo o que existe na Terra.

Antes de tudo, Chopra explica que lei é o processo pelo qual o não-manifesto torna-se manifesto. Ou seja: o que está oculto e latente tem condições de se tornar realidade.

 “As leis físicas do universo representam a divindade em movimento. Quando compreendemos essas leis e as aplicamos em nossa vida, qualquer coisa que desejamos pode ser criada, porque as mesmas leis que a natureza utiliza para criar o universo podem realizar nossos desejos mais profundos”, ensina.

A seguir, relacionamos as sete leis espirituais de Chopra:

1) Lei da Potencialidade Pura – É no conhecer-se que reside a capacidade de realização de todos os sonhos. Para aplicar essa lei é preciso reservar um momento do dia para ficar em silêncio, para apenas ser. Deve-se fazer uma meditação silenciosa, esvaziando a mente, 30 minutos pela manhã e 30 à noite. É igualmente importante destinar um período do dia para comungar com a natureza e observar em silêncio a inteligência que há nas coisas vivas, assim como praticar o nãojulgamento, ou seja, evitar julgar as pessoas.

2) Lei da Doação – Lei do dar e receber, na medida em que o universo opera por meio de trocas dinâmicas. Funciona com a doação constante de coisas simples (uma flor, uma oração, um incentivo) que irá fazer a energia circular. Deve-se também estar aberto a receber dos outros.

3) Lei do Carma ou da Causa e Efeito – Toda ação gera uma força energética que retorna a nós da mesma forma. Portanto, é preciso observar as escolhas e trazê-las para a percepção consciente.

É fundamental perguntar-se sobre as conseqüências de cada escolha, seguindo a intuição.

4) Lei do Mínimo Esforço – Na natureza a inteligência funciona com tranqüila facilidade e nenhuma ansiedade. Assim, podemos praticar a aceitação das coisas como são, assumindo a responsabilidade pela nossa situação. É necessário estar consciente de que todo problema traz em si uma oportunidade.

5) Lei da Intenção e do Desejo – A energia e a informação estão em toda a natureza. Para conseguir o que desejamos, devemos fazer uma lista de tudo o que almejamos e lê-la várias vezes ao dia. Aceitando o presente como ele é, o futuro se manifestará nas intenções e nos desejos mais caros e profundos.

6) Lei do Distanciamento – Para se conseguir algo, é preciso desistir do apego.

Deve-se participar de tudo, mas com envolvimento distanciado. Transformar a incerteza em um ingrediente essencial da própria experiência é outra possibilidade.

7) Lei do Darma ou Propósito de Vida – Todas as pessoas encarnam para desempenhar um determinado papel em sua existência. Assim, todos têm um talento singular e uma maneira única de expressá-lo. Podemos fazer uma lista dos nossos talentos e tentar descobrir outros, despertando nossas potencialidades.

Artigo escrito por Milton Correia Junior – Revista Planeta – Ed. 374 – págs. 25 a 29