19 de julho de 2021

POETA PREMIADA FALA SOBRE SUA OBRA NO PRÓXIMO PAPO DE BOTEQUIM EM 19 DE JULHO

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Stephanie Borges é autora de Talvez precisemos de um nome para isso. uma espécie de biografia do cabelo que passeia pelos mitos, gênero, preconceito e até dicas de salão, numa poesia entremeada com a prosa.

 

 

A jornalista, poeta e tradutora Stephanie Borges é a convidada do próximo Papo de Botequim, que acontece no dia 19 de junho, das 20 às 22 horas pela plataforma Zoom (https://zoom.us/).

 

O Papo de Botequim surgiu em 2019, trazendo o conceito inédito de ser um happy- hour para a mente. Devido à pandemia, agora está sendo apresentado em versão on- line.

 

Stephanie irá falar sobre o processo criativo do seu livro de estreia, Talvez precisemos de um nome para isso, vencedor do IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura. Este será o fio condutor de uma conversa que irá se abrir para outros temas, numa interação com os participantes.

 

O livro Talvez precisemos de um nome para isso é uma espécie de biografia do cabelo que passeia pelos mitos, gênero, preconceito e até dicas de salão, numa poesia entremeada com a prosa.

 

 

“O livro é uma investigação do que se pode pensar a partir do cabelo. Percebi que o cabelo servia para falar da construção de uma autoimagem, da ideia de beleza, da intimidade do cafuné e como, na experiência de algumas mulheres, isso é atravessado por padrões inalcançáveis de beleza, questões de origens familiares, de uma lógica social de embranquecimento e também pelo aspecto financeiro do quanto se gasta para cuidar do cabelo”, explica a autora.

 

Stephanie Borges pretende falar sobre como se deu a construção do livro, cuja ideia surgiu a partir de uma série de poemas.

 

“Minha intenção é deixar as pessoas à vontade para fazerem perguntas e comentários sobre suas leituras, pois o formato do evento favorece esse tipo de troca entre a autora e os leitores”, adianta.

 

A poeta acredita que ainda há muito espaço para o poesia no Brasil, de revistas independentes até as organizadas pelas pequenas editoras. Antes da pandemia, havia vários eventos como feiras de livros, saraus e slams.

 

“Infelizmente tudo isso foi interrompido, mas há poetas experimentando com performances nas redes sociais, vídeos no youtube, podcasts com leituras de poemas. Quem se interessa por poesia pode encontrar trabalhos muito diferentes feitos por poetas contemporâneos”, assegura.

 

Autores negros

 

Outra questão importante é a presença dos autores negros na teoria e literatura do Brasil e do exterior. Segundo Stephanie Borges, que também é jornalista e tradutora, o mercado editorial descobriu que há interesse pela literatura e teoria produzida por pessoas negras, como Abdias do Nascimento, Lélia Gonzáles e Beatriz Nascimento, além de autores contemporâneos. Conceição Evaristo, Cidinha da Silva, Eliana Alves Cruz e Livia Natália.

 

Por sua vez, a importância da tradução de autores negros é contribuir para circulação de textos que ajudem a compreender as diferenças e semelhanças da experiência negra no Brasil, nos diferentes pontos da diáspora negra nas Américas e no continente africano.

 

“A tradução de autoras como Audre Lorde, bell hooks e  Patricia Hill Collins contribuem para que observemos como o racismo se articula na experiência de mulheres negras de formas diferentes e a pensar em como combatê-lo. Ler a ficção de Toni Morrison, Bernardine Evaristo, Regina Porter, Yaa Gyasi, James Baldwin nos faz compreender como outras pessoas negras estão elaborando suas experiências por meio da arte”, afirma a tradutora.

 

 

Fontes:

 

Stephanie Borges é jornalista, tradutora e poeta. Seu livro de estreia ‘Talvez precisemos de um nome para isso’ (2019) venceu o IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura. É uma das autoras participantes da antologia ‘As 29 poetas hoje’, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda. Participou da edição online da 18ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty. Traduziu prosa e poesia de autoras como bell hooks, Audre Lorde, Claudia Rankine. Alice Walker e Margaret Atwood.

 

Naia Veneranda e Sonia Avallone – idealizadoras do Papo de Botequim, que tem como proposta por novas ideias na cabeça dos botequeiros e provar que é possível ter uma conversa de conteúdo num ambiente descontraído, fora dos meios acadêmicos.

Mais informações com a Galática, telefone: (11) 96034-2858

 

Ficha Técnica:

 

Papo de Botequim com a escritora Stephanie Borges, conduzido pelas jornalistas Naia Veneranda e Sonia Avallone 

 

Data: 19 de julho, segunda-feira Horário: das 20 horas às 22 horas

 

Diferencial: o interessado ao fazer sua inscrição, receberá em seu domicílio, o kit do Papo de Botequim, com o livro da Stephanie Borges: “Talvez precisemos de um nome para isso, uma garrafa do vinho chileno Tantehue (Cabernet Sauvignon, Vina Ventisquero e um pacote de castanha de caju de caju (250 gramas)

 

Endereço do Sympla para inscrição: https://www.sympla.com.br/papo-de-botequim-com-stephanie-borges__1227001